Secretaria-geral

Compêndio de de Botânica para o 2º ciclo, 1967

Localização: AHME, DGEL, cx. 3918

«Todos nós que temos passeado no campo, ou percorrido algumas províncias do nosso País, guardamos no espírito o encanto que a vegetação dá à paisagem. Por pouco que saibamos de botânica, todos temos reparado como é diferente a vegetação do Minho, com seus prados, vinhedos e milharais, da das Beiras, com seus pinhais e serras, de cimos mais ou menos agrestes e desnudados. No litoral predominam os areais e as dunas de vegetação rasteira, delimitadas por pinhais. O Alentejo com suas extensas searas, sobreiros e charnecas de estevas e de urzes, é bem diferente dos campos do Algarve, de amendoeiras floridas ao alvorecer da Primavera, mas também de regiões escarpadas e pobres de vegetação, como as de Sagres e S. Vicente.

Embora até hoje pouco tivéssemos estudado da forma e vida das plantas, aprendemos, contudo, a distribui-las por dois grupos: o das Fanerogâmicas, ou Espermatófitas, plantas que dão flor, como o trevo, o pinheiro, a oliveira; e o das Criptogâmicas, ou plantas que não dão flor, como os fetos, os musgos, os cogumelos, os limos dos tanques e charcos e as algas que o mar arroja à praia.

Recordemos as partes - ou órgãos - que compõem uma Espermatófita, por exemplo, a papoila ordinária: são a raiz, o caule, as folhas, e as flores que darão os frutos. Mas, se escolhermos outras plantas do mesmo grupo, observarmos e compararmos os seus órgãos, veremos que apresentam diferenças quanto à situação, à posição, à consistência, etc. É o que vamos estudar e concluir no programa do terceiro ano, dedicado, na sua primeira parte aos órgãos das plantas do grupo das Espermatófitas. Em seguida, estudaremos os caracteres de algumas dessas plantas e, finalmente, distribui-las-emos segundo as suas semelhanças e diferenças.» (p.1).








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