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Máquina de escrever braille, metálica, Modelo Blista. Material utilizado no contexto das práticas pedagógicas pelos alunos com deficiência visual. Na secção traseira da máquina, pode observar-se um sistema de enrolamento de papel manual; na secção da dianteira, pode observar-se um conjunto de sete teclas brancas e duas teclas pretas. Do conjunto de teclas brancas, a central funciona como barra de espaçamento, o grupo da esquerda permite escrever os pontos braille 1, 2 e 3, e o grupo da direita permite escrever os pontos 4, 5 e 6. As teclas podem ser premidas, em separado ou em simultâneo, possibilitando a escrita dos 63 sinais braille formados por pontos. Relativamente às teclas pretas, a da direita tem a função de retrocesso, enquanto a da esquerda tem a função de soltar as margens. O Modelo Blista era usado na Blindenstudienanstalt, instituição fundada em 1916, em Marburg (Alemanha), de ensino técnico-profissional e, mais recentemente, de ensino superior para pessoas com deficiência visual. Funcionava em regime de internato onde os alunos aprendiam a escrever com esta máquina, para posteriormente encontrarem uma profissão na idade adulta. Breve historial: |
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(…) O Sistema Braille é constituído por 63 sinais, obtidos pela combinação metódica de seis pontos que, na sua forma fundamental, se agrupam em duas filas verticais e justapostas de três pontos cada. Estes sinais não excedem o campo táctil e podem ser identificados com rapidez, pois, pela sua forma, adaptam-se exactamente à polpa do dedo.
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Em alguns leitores a mão esquerda avança até mais ou menos metade da linha, proporcionando assim um notável aumento de velocidade na leitura.
Dispondo de um processo fácil de leitura, o gosto pelos livros estendeu-se amplamente entre os cegos e ocupou um lugar importante na sua vida. À instrução oral sucedeu a instrução pelo livro. O conhecimento intelectual, sob todas as suas formas (filosofia, psicologia, teologia, matemáticas, filologia, história, literatura, direito...), tornou-se mais acessível aos cegos. Os benefícios do Sistema Braille estenderam-se progressivamente, à medida que as aplicações revelavam todas as suas potencialidades. As estenografias tornaram a escrita mais rápida e menos espaçosa. As máquinas de escrever permitiram fazer simultaneamente todos os pontos de um sinal, em vez de os gravar um a um, com o punção. Enfim, obteve-se o interponto, graças a um sistema de precisão em que é possível intercalar os pontos do reverso de uma página com os do seu anverso. Nos dias de hoje as novas tecnologias representam o mais espantoso contributo para valorizar o Sistema Braille, depois da sua invenção. A drástica redução de espaço proporcionada pelo braille electrónico é exemplo disso. Um livro em braille com 2000 páginas de formato A4 pode ficar contido numa só disquete. Uma vez introduzido o texto desse livro no computador, o utilizador cego tem ao seu alcance toda a informação não gráfica disponível no ecrã, que pode ler através de um terminal braille.” – de Comissão de Braille, José António Lages Salgado Baptista, em http://www.gesta.org/braille/braille01.htm. Pode consultar ainda http://www.avh.asso.fr/rubriques/infos_braille/plus_sur_le_braille.php e http://www.rnib.org.uk/Pages/Home.aspx. Pode aceder à Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo, no sítio: http://www.es-frodrigueslobo.edu.pt/ . Dezembro de 2009 |