Álvaro Rodrigues Machado

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Álvaro Rodrigues Machado
(1879-1946)

“ […] Começa a dar aula na Escola Académica de Coimbra, transitando para o Liceu de Braga (1906) e depois para o Liceu Rodrigues de Freitas, no Porto (1908). Em 1912, é nomeado assistente de Física da Faculdade de Ciências. Assume a regência dessa cadeira como professor efectivo, em 1915. Continua a leccionar no Liceu do Porto. Dirige, a partir de 1920, o Observatório Meteorológico da Serra do Pilar, anexo à Faculdade das Ciências da Universidade do Porto. Lecciona na Escola Superior de Farmácia da Universidade do Porto e no Instituto Comercial e Industrial. É autor de compêndios de Física para o ensino secundário. Em 1930, realiza uma “missão de estudo” a França, Alemanha, Suécia e Suiça, publicando um extenso relatório sobre os modos de organização do ensino das ciências no estrangeiro, concedendo particular atenção aos laboratórios e aos observatórios […]. Em 1934, faz parte da Comissão de professores encarregados de organizar os novos programas do ensino liceal. Nesse âmbito, revê os programas de Física e de Química que tinham sido decretados em 1931, acentuando “uma orientação experimental e indutiva para o estudo” “à semelhança do que se estava a fazer nas escolas estrangeiras bem orientadas” […].

Participando regularmente nas iniciativas promovidas pelo movimento associativo, nomeadamente nos congressos pedagógicos do ensino secundário oficial (1927-1931), o percurso de Álvaro Rodrigues Machado é bem representativo de um grupo de professores que desempenhou funções nos diferentes regimes políticos da 1ª metade do século XX, procurando sublinhar as características técnicas e especializadas da actividade profissional docente. Recorrendo com frequência ao exemplo estrangeiro – e acompanhando de perto os debates científicos da época -, este grupo esforçou-se por tornar mais qualificado o exercício do ensino, dotando as práticas escolares de um maior rigor e coerência […].”

Dicionário de educadores portugueses (Nóvoa, 2003. Ficha nº492).

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