Secretaria-geral

Jaime Maximiano Gouveia Xavier de Brito


Jaime Maximiano Gouveia Xavier de Brito
(1893-1960)

“Professor liceal de Matemática e de Ciências Físico-Químicas, que esporadicamente exerce também a docência destas matérias num curso nocturno na Academia de Estudos Livres (1917), na Escola Normal de Lisboa (1923-1928) e na Faculdade de Ciências de Lisboa (1921-1923 e 1929-1941) […]. Inicia a actividade docente no Liceu Pedro Nunes em 1916, embora de modo esporádico, já que frequenta simultaneamente o curso de oficial do exército e, neste período, tudo parece indicar um trajecto profissional associado à carreira militar que, após participação na I Guerra Mundial integrado no Corpo Expedicionário Português, acaba por se gorar devido a razões de saúde. Na sequência dos cursos da Escola Normal Superior é nomeado professor efectivo do Liceu de Faro em 1922 (embora acabe por não exercer a docência nesta escola), passando posteriormente por vários liceus da capital e terminando o último período da actividade profissional como professor efectivo do Liceu Passos Manuel (1941-1945). No final da década de vinte, participou activamente nos principais congressos pedagógicos do ensino secundário oficial”. […].

“Enquanto bolseiro da Junta Nacional de Educação, entre 1930 e 1931, realiza várias visitas de estudo a escolas primárias e secundárias e de formação de professores na França, Bélgica e Alemanha. Estes dois anos proporcionam-lhe um quadro comparativo de exemplos que, de algum modo, servem para reforçar a legitimidade das ideias até então desenvolvidas, designadamente no âmbito das questões relativas aos conteúdos programáticos do currículo e dos testes de avaliação das matérias leccionadas. Não obstante a aplicação de tais estudos na prática docente ou nos cargos de avaliação para a habilitação de inspectores e professores do ensino primário, que desenvolve ao longo dos anos trinta, parece verificar-se um relativo afrouxamento deste género de estudos após o regresso a Portugal. Nesta década, o estudo de questões de natureza estritamente científica surge como preocupação prioritária do ponto de vista da produção textual, coincidindo provavelmente com a nomeação para o cargo de observador-chefe do Observatório Central Meteorológico em 1938-1939. Optando por abandonar este cargo e, dois anos depois, a acumulação de funções docentes na Faculdade de Ciências, Jaime Xavier de Brito dedica-se em exclusividade ao ensino liceal nos últimos 15 anos de carreira, deles resultando, além da prática docente, a produção de um manual escolar de Física”.

Dicionário de educadores portugueses (Nóvoa, 2003. Ficha nº133).

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