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Edifício 4 (Calçada do Duque)


A 8 de Janeiro de 1865, é por fim oficialmente inaugurado, com a presença da família real, um edifício de quatro andares, construído de raiz em terras compradas aos Duques do Cadaval, por Florêncio dos Santos, o fundador da Escola Académica. Era a concretização do seu sonho. As novas instalações situavam-se junto da Calçada do Duque (Escadinhas do Duque).


Quarto edifício da Escola Académica, construído de raiz na
Calçada do Duque  e inaugurado a 8 de Janeiro de 1865.


Edifício da Calçada do Duque, actualmente propriedade da CP.

Em 1903/04, ao corpo central do edifício, viria a juntar-se um amplo Pavilhão Escolar destinado sobretudo às actividades de Educação Física, mas albergando também os gabinetes de Física e de História Natural, as Salas de Desenho e Pintura, a Biblioteca, uma nova capela, salas de aula e o refeitório de alunos e professores.


Painel de azulejo, reconstituindo “A Última Ceia” de
Leonardo da Vinci, que revestia a parede do refeitório
de alunos e professores.

A intensidade crescente do movimento ferroviário na estação do Rossio, construída paredes-meias com as instalações da Escola Académica duas décadas mais tarde (1886/87), viria trazer uma considerável perturbação ao tranquilo funcionamento da instituição. Ruído, fumo, agitação…

Mais grave ainda, a situação em que Escola foi atingida pelo fogo cruzado entre efectivos do Comando Geral da GNR, aquartelado no Carmo, e tropas revoltosas estacionadas no Parque Eduardo VII.

As instalações acabariam por ser abandonadas, vindo os respectivos terrenos a ser vendidos à CP, em 1926. A Escola não se extinguiu, mas desagregou-se, dando origem a outros estabelecimentos de ensino*, cujas direcções e corpos docentes foram basicamente formados por elementos saídos da própria Escola Académica. O ‘tronco central’, no entanto, manter-se-ia.


* O “Colégio Académico”, que ficou, nos primeiros anos, instalado no Rossio, como se voltasse aos primórdios da Escola fundada por Florêncio dos Santos. O crescimento levá-lo-ia depois a afastar-se também da Baixa.
O “Colégio-Liceu de Lisboa”. Instalado, de início, nas Avenidas, teria, entretanto, uma existência relativamente curta.

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