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Francisco da Fonseca Benevides
(1835-1911) “[…] Faz os preparatórios e o Liceu já integrado nos quadros da Marinha, completando o curso da Escola Naval em 1853. No ano seguinte, concorre ao lugar de lente de Física do recém-criado Instituto Industrial de Lisboa. Dedica-se exclusivamente ao ensino, leccionando também Mecânica e Artilharia na Escola Naval, até 1871. Participa em várias exposições industriais, nomeadamente na Exposição Universal de Paris. Nomeado director do Instituto Industrial, desenvolve uma acção de grande significado, nomeadamente na organização do Museu Tecnológico, procurando que esta instituição desempenhe o seu papel “na direcção da regeneração industrial”. Professor do ensino industrial, Fonseca Benevides sublinha a importância do ensino e da renovação tecnológica para o desenvolvimento da indústria no nosso país. Nos inúmeros relatórios que redige como director do instituto, não se cansa em repetir esta ideia. Na sequência da reforma do ensino industrial de 1883, Fonseca Benevides assume a chefia da inspecção do ensino industrial da Circunscrição do Sul […]. Fonseca Benevides colabora em vários projectos de reforma, em particular no da autoria de Emídio Navarro, apresentado em 1891. Na sequência deste envolvimento, é com naturalidade que Fonseca Benevides é nomeado director da mais importante escola técnica do país no fim do século, o Instituto Industrial e Comercial de Lisboa […]. A produção pedagógica de Fonseca Benevides está intimamente ligada às posições que ocupa. Num primeiro tempo, dedica-se às funções sociais dos Museus Tecnológicos: escolha e reunião de material pedagógico, como estampas de máquinas e instrumentos de medidas, utilizado nas aulas e nas oficinas; centros de divulgação científica e tecnológica; autenticação de factos e artefactos; propaganda industrial. A todos estes elementos está subjacente a crença de que existe uma relação directa entre formação ensino profissional e desenvolvimento industrial. Esta crença preside igualmente às reflexões que Fonseca Benevides produz a propósito da sua acção enquanto inspector do ensino. O ensino profissional, para Fonseca Benevides, constitui um sistema de distribuição de competências e saberes que fazem as máquinas funcionar; é, nesse sentido, autónomo da instrução nacional [...].” Dicionário de educadores portugueses (Nóvoa, 2003. Ficha nº101) |
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